Parte I – Livro
IV. Indústria cultural, ideologia e poder
1. A teoria crítica – (Questão de método)
Universidade de Frank-furt é a 1ª instituição alemã de pesquisa de orientação abertamente marxista.
Os estudos iniciais têm por objeto a economia capitalista e a história do movimento operário
Para Adorno a cultura deveria precisamente ser condição que exclui uma mentalidade capaz de medi-la.
Com excessiva freqüência, a pesquisa se vê impondo seus objetos pelos métodos de que dispõe, quando seria preciso adaptar os métodos ao objeto (Horkheimer, 1972)
A indústria cultural
Adorno critica o estudo da música, rebaixado ao estudo de ornamento de vida cotidiano denunciando o que ele chama de “felicidade fraudulenta da arte afirmativa” ou seja arte integrada ao sistema.
Em meados dos anos 40, Adorno e Horkheimer criam o conceito de indústria cultural.
Analisam a produção industrial dos bens culturais como movimento global de produção da cultura a mesma racionalidade técnica, o mesmo esquema de organização e de planejamento administrativo que a fabricação de automóveis em série ou os projetos de urbanismo.
Marca da indústria cultural: serialização-padronização-divisão do trabalho.
A racionalidade técnica é o “caráter coercitivo” da sociedade alienada
A transformação do ato cultural em valor suprime sua função crítica e nele dissolve os traços de uma experiência autêntica. A produção industrial sela a degradação do papel filosófico – existencial da cultura.
Formas materiais da cultura industrial: as arquiteturas de ferro, as exposições universais, os folhetins.
A racionalidade técnica
O filósofo Herbert Marcuse (1898 – 1979) foi a figura de maior destaque da Escola de Frankfurt nos anos 60, a ponto de se evocar, em maio de 68, os três “emes”: Marx, Mao e Marcuse.
Marcuse: crítico intransigente da cultura e da civilização burguesas. Pretendia desmascarar as novas formas de dominação política.
“Sociedade unidimensional” anulou o espaço do pensamento crítico. Um de seus capítulos mais incisivos concerne à “linguagem unidimensional”, e refere – se extensamente ao discurso midiático.
O principio de publicidade se define como pondo à disposição da opinião pública os elementos de informação que dizem respeito ao interesse geral.
Para Marcuse, Adorno e Horkheimer, todo o potencial emancipatório da ciência está voltado para a reprodução do sistema de dominação e sujeição.
Apocalípticos e integrados
Tríptico: indústria cultural, cultura de massa e sociedade de massa
Shils adota a distinção entre a cultura superior ou refinada, a cultura medíocre e a cultura brutal. A primeira se caracteriza pela seriedade de seus temas, pela importância dos problemas dos quais se ocupa. A segunda é menos original, mais imitativa. Recorre a gêneros da cultura superior e seus próprios, como a comédia musical. Enfim a cultura brutal é aquela cujo conteúdo simbolico é o mais pobre, aquele em que há muito pouca criação original.
V. Economia política
1. A dependência cultural
O desenvolvimento de cada sociedade específica depende, antes de mais nada, da evolução de suas estruturas internas. Cada sociedade passa obrigatoriamente por etapas, e a história de cada uma responde a um “modelo sucessivo”.
A unidade de análise do capitalismo moderno não pode ser a sociedade nacional, mas o “sistema – mundo”, do qual as nações são meros componentes.
O conceito de “economia – mundo” defini-se segundo uma tripla realidade: um espaço geográfico dada; a existência de um pólo, “centro do mundo”, zonas intermediárias em torno desse pivô central e de margens bastante amplas.
O capitalismo é uma “criação de desigualdade do mundo” (Wallerstein, 1983)
O imperialismo cultural
Wright Mills define “imperalismo cultural”. O conjunto dos processos pelos quais uma sociedade é introduzida no sistema moderno mundial, e a maneira pela qual sua camada dirigente é levada, por fascínio, pressão força ou corrupção, a moldar as instituições sociais para que correspondam aos valores e estruturas do centro dominante do sistema.
A América Latina desenvolveu a “teoria da dependência”. Essa teoria conhece numerosas variantes, que dependem da apreciação da margem de manobra e do grau de autonomia creditados a cada nação em relação às determinações do sistema – mundo.
A UNESCO e a nova ordem mundial da comunicação
(NOMIC) “nova ordem mundial da informação e da comunicação/ A UNESCO é seu principal foco de expressão. Inicio em 1969.
Prêmio Nobel e prêmio Lenin da paz, primeiro documento oficial emitido sob os auspícios de um organismo representativo da comunidade internacional que reconhece, expõe claramente a questão do desequilibrio do fluxo.
O que pode sabotar o debate: intransigência da América reaganiana, que procura impor a qualquer custo sua tese do free flow of information.
GATT – tratado geral sobre as tarifas aduaneiras e o comércio.
2. As industrias culturais
A diversidade da mercadoria
O segundo foco da economia política da comunicação surgiu na Europa na segunda metade dos anos 70, a questão das indústrias culturais ocupa o lugar central, e os pesquisadores franceses assumem papel de destaque. Sua postura é, em geral, decididamente crítica.
Pesquisadores dirigidos por Bernard Miege: dizem que a indústria cultural não existe em si; é um conjunto composto, constituído por elementos que se diferenciam fortemente uns dos outros, por setores que apresentam suas próprias leis de padronização.
Indústrias do hardware ( o que contém) Software (conteúdo)
1978, produz – se uma mudança nas esferas governamentais européias. A noção de “industriais culturais” (varias empresas, que nos força a pagar um preço para termos uma identidade) – de um setor industrial à “sociedade global”
o global ingressa na representação do mundo pelo viés da comunicação eletrônica
Parat dividiu a “informação” em 3 categorias fundamentais: a informação finança, seguros, compatibilidade e o conjunto estocado nas bases e bancos de dados; a informação cultural ( alimentada pelos produtos das indústrias cultural (alimentada pelos produtos das indústrias culturais); a informação conhecimento, ou o conjunto dos Savoir – faire (brevês, administração, conselho etc.)
Telemática (traduz a crescente interpenetração entre os computadores e as telecomunicação)
Imperialismo cultural: força simbólica utilizada como instrumento político, para aceitarmos algumas idéias.
terça-feira, 19 de junho de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário